Está em tramitação na Câmara Municipal de Porto Alegre um projeto de lei que propõe a conversão do nome da Avenida Castelo Branco, do primeiro presidente da Ditadura Militar, para Avenida da Legalidade. A nova denominação é uma proposta dos vereadores Pedro Ruas e Fernanda Melchionna, ambos do P-Sol. "O epicentro da Legalidade no Brasil foi Porto Alegre, e aqui não tem uma homenagem adequada a um movimento tão importante", afirma Ruas em entrevista ao Jornal do Comércio. A nomenclatura é uma homenagem ao movimento liderado por Leonel Brizola, que surgiu em Porto Alegre, em 1961, para assegurar a manutenção da ordem jurídica de sucessão da presidência da República após a renúncia de Jânio Quadros. A linha previa que João Goulart, então vice-presidente, assumisse a posição, no entanto, setores da sociedade temiam que a associação de Jango com o comunismo afetasse a ordem do País. De acordo com o vereador, a Legalidade tratava da busca pela legitimação constitucional do País. Para ele, o movimento é a maior insurreição popular brasileira. "Este foi o maior movimento cívico que o Brasil já teve, o maior levante cívico, eu diria", frisa.

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