A economia brasileira voltou a perder fôlego em março e encerrou o primeiro trimestre com contração, de acordo com dados do Banco Central, em um resultado que deve ser a tônica deste ano e indica a fragilidade da atividade no país. O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) recuou 1,07% em março na comparação com fevereiro, maior queda mensal desde junho do ano passado (-1,4%). Isso após ter avançado 0,59% em fevereiro sobre o mês anterior, em dado revisado pelo BC de alta inicialmente reportada de 0,36%, em números dessazonalizados. Com isso, o IBC-BR --espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB)-- encerrou os três primeiros meses do ano com queda de 0,8% sobre os três últimos de 2014, pior resultado para um trimestre desde o segundo trimestre do ano passado, quando caiu 1,5%. No quarto trimestre passado, o PIB cresceu 0,3% sobre o período anterior, fechando 2014 com o crescimento mínimo de 0,1%, de acordo com os dados do IBGE. Este divulga os números referentes ao primeiro trimestre deste ano no dia 29 deste mês. O resultado mensal do indicador do BC ficou bem pior que a expectativa em pesquisa da Reuters, de recuo de 0,50% na mediana das projeções. Entretanto, a pesquisa foi feita antes de o BC anunciar que ajustou o seu indicador para a nova metodologia que passou a ser utilizada pelo IBGE no cálculo das contas do PIB.

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