Acordo com os caminhoneiros Após uma reunião que durou mais de sete horas, o governo aceitou uma série de reivindicações impostas por representantes dos caminhoneiros. Em troca, os trabalhadores deram quinze dias de trégua ao Palácio do Planalto. O governo propôs mantar a redução de 10% no valor do diesel pelos próximos 30 dias (15 a mais que o anunciado pela Petrobras). A diferença será compensada pelo Tesouro. Além disso, assegura periodicidade mínima de 30 dias para reajuste do preço do diesel na refinaria, também com compensação por parte da União à estatal. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, iniciou a coletiva anunciando o acordo e destacando que o apenas o presidente da Unicam, José Araújo China da Silva, não assinou o termo do acordo.
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, explicou que o custo de arcar com o congelamento de preços para o Tesouro será de R$ 350 milhões. Ele ainda afirmou que o governo nunca pediu à Petrobras que modificasse sua política de preços, que oscila de acordo com o mercado. A União se comprometeu também a zerar a Cide sobre o diesel neste ano, mas não citou a redução a zero do PIS/Cofins. Isso está em discussão no Congresso Nacional. O Palácio do Planalto aceitou ainda reeditar a tabela de fretes do serviço do transporte remunerado de cargas por conta do terceiro a partir de 1º de junho, bem como mantê-la atualizada trimestralmente. O governo também se comprometeu a negociar com os estados para isentar a tarifa de pedágio por eixo quando os caminhões estão vazios. E editar uma medida provisória (MP) autorizando a Conab a reservar 30% de sua demanda de frete para cooperativas ou entidades de transportadores autônomos.
Incluída em: 24/05/2018 - 21:45
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