Os chineses na Petrobras A parceria entre a Petrobras e a chinesa CNODC, uma subsidiária da petroleira CNPC, para concluir a construção da refinaria do Comperj, em Itaboraí (RJ), é um negócio estimado em US$ 3,5 bilhões, cerca de R$ 13 bilhões. Esse é o valor necessário, segundo fontes do setor, para concluir o empreendimento, que já tem 80% das obras prontas. O projeto, que já consumiu US$ 14 bilhões (pouco mais de R$ 50 bilhões), foi interrompido em 2015 após as denúncias de corrupção reveladas pela Operação Lava-Jato. Segundo a Petrobras, o acordo com os chineses prevê a criação de uma joint venture , uma nova empresa específica para o projeto, no qual a Petrobras terá 80% e a CNPC os 20% restantes. A Petrobras também informou que vai criar outra joint venture com a CNPC para o segmento de exploração e produção em campos de petróleo na Bacia de Campos. Pelo acordo, os chineses terão 20% das concessões dos campos maduros de Marlim, Voador, Marlim Sul e Marlim Leste, todos na área de Marlim, na Bacia de Campos. O modelo de joint ventures adotado para o negócio marca uma nova fase na venda de ativos da Petrobras, destacaram advogados que atuam no setor. Segundo uma dessas fontes, alianças estratégicas desse tipo com outras empresas ajuda no processo de venda de negócios da Petrobras, uma vez que, sem negociar alienação de controle, a estatal não precisa divulgar sua intenção de venda ao mercado, com o lançamento dos chamados "teasers".
Incluída em: 17/10/2018 - 06:59
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