Demissão na Apex abre crise A demissão repentina do presidente da Apex, Alex Carreiro, transformou-se em mais uma crise do governo de Jair Bolsonaro, com a recusa de deixar o cargo e um mal-estar entre o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o Palácio do Planalto. Os relatos feitos à Reuters por pessoas que acompanham a crise apontam para um impasse criado pela decisão de Carreiro de recusar a demissão. O presidente da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações) teve sua demissão anunciada por Araújo no Twitter, ainda com a indicação do embaixador Mauro Vilalba para substituí-lo. Carreiro chegou a ir ao Planalto na manhã desta quinta-feira (10) tentar um encontro com o presidente, mas não foi recebido. O presidente da Apex pretendia apelar a Bolsonaro por sua permanência no cargo. Segundo relatos ouvidos pela Reuters, o presidente da Apex foi trabalhar normalmente e teria dito a pessoas que estiveram com ele que só poderia ser demitido por Bolsonaro. Na verdade, fontes ouvidas pela Reuters afirmam que o chanceler, como presidente do Conselho da Apex, poderia sim demitir Carrreiro, apesar de a demissão ter que ser assinada pelo presidente. No Planalto, o desconforto seria causado pelo fato de Araújo não ter avisado previamente Bolsonaro de que iria demitir Carreiro. O presidente da Apex, que foi assessor do PSL na Câmara, teria sido uma indicação dos filhos de Bolsonaro.
Incluída em: 10/01/2019 - 18:18
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