Dia D para dívida argentina Duas propostas, uma de bancos particulares e outra de um grupo de credores, foram apresentadas nesta terça (29), de última hora, para ajudar a Argentina a evitar a segunda moratória da divida publica em 13 anos. O ministro da Economia, Axel Kicillof, viajou para Nova York nesta terça-feira para participar da última rodada de negociação com advogados norte-americanos. O governo argentino tem até esta quarta-feira (30) para chegar a um acordo com os chamados fundos abutres - que compraram papéis da divida a preços baixos, depois do calote de 2001, e entraram na Justiça para cobrar o devido, sem o desconto de 65%, negociado com a grande maioria dos credores. Bancos privados argentinos ofereceram depositar US$ 250 milhões, como garantia de que a Argentina cumprirá a decisão do juiz Thomas Griesa, de Nova York, de pagar os fundos abutres sem descontos, a partir de 2015. Ao mesmo tempo, detentores de títulos da divida argentina da Europa enviaram uma carta ao juiz, pedindo uma trégua até o final do ano: ou seja, que Griesa autorize o pagamento das parcelas da divida reestruturada até o fim de 2014, quando caduca a chamada Cláusula Rufo (Rights Upon Future Offers, em inglês), que protege os credores que aceitaram a negociação inicial. A maior parte dos detentores de títulos da divida argentina (93%) aderiu aos dois planos de reestruturação, de 2005 e 2010, e aceitaram receber 35% do valor dos papéis em parcelas em até trinta anos. O governo tem pagado todos os vencimentos, menos o último (de US$ 900 milhões), do dia 30 de junho. A Argentina fez o depósito no Banco de Nova York, mas foi bloqueado pelo juiz.
Incluída em: 30/07/2014 - 07:53
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