O crescimento da China vai cair dramaticamente na próxima década para 3,9%, puxado pelo recuo de sua produtividade e o fracasso dos líderes do país em estabelecer políticas firmes para reestruturar a economia, prevê um relatório divulgado nesta segunda-feira (20). Este resultado poderá afetar a já combalida recuperação da economia global. Mas o relatório, elaborado pelo grupo privado de pesquisa econômica Conference Board, também prevê que as companhias multinacionais na China serão beneficiadas. Os tempos de vacas magras dariam às firmas estrangeiras mais opção de escolha de talentos locais. Companhias e investidores externos podem igualmente esperar por um tratamento "mais hospitaleiro" por parte do Partido Comunista e de autoridades do governo; e uma ampla seleção de firmas chinesas que elas poderão adquirir, segundo o relatório, que foi divulgado pelo Wall Street Journal. As companhias estrangeiras deveriam se dar conta de que a China vive "uma longa e lenta queda do crescimento econômico", revela o relatório do Conference Board. "O jogo competitivo mudou de uma expansão puxada pelo investimento para outra da luta por participação de mercado". Autoridades do Conselho Estatal da China, ou Gabinete, encaminharam os pedidos de comentários para seu Escritório Nacional de Estatísticas, que não respondeu. Autoridades seniores do Partido Comunista começam a se reunir nesta segunda (20) em Pequim num importante encontro sobre política econômica, que vai tratar da desaceleração do crescimento. O Conference Board prevê que o crescimento anual da China vai se reduzir para média de 5,5% entre 2015 e 2019, comparados com o avanço de 7,7% em 2013. E cair ainda mais, para média de 3,9% entre 2020 e 2025, segundo o relatório.

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