O ministro das Relações Exteriores, José Serra, esteve na Argentina nesta segunda-feira (23), onde se reuniu com a chanceler Susana Malcorra, encontrou o presidente Maurício Macri e defendeu que o Mercosul se concentre no propósito de uma área de livre comércio. É preciso trabalhar para "conseguir negociações mais flexíveis" que permitam ao Mercosul concretizar acordos bilaterais, disse Serra em uma entrevista coletiva em Buenos Aires, segundo a agência de notícias Reuters. Em razão de um protesto que uniu brasileiros contrários ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) e opositores do argentino Mauricio Macri, Serra entrou ao meio-dia no Palácio San Martín, sede da diplomacia argentina, por uma porta secundária. Ambos os governos começam uma reaproximação considerada prioritária pelo brasileiro. A Argentina foi mencionada por ele entre suas 10 diretrizes para política externa. Os 150 manifestantes receberam o ministro com gritos de "golpista" e "fora, Serra". Houve tensão com agentes da polícia federal quando Serra, já dentro da chancelaria, foi visto pelos ativistas através das grades do portão principal. Os policiais usaram os escudos para afastar o grupo, enquanto o ministro e a anfitriã ouviam os gritos de protestos, repetidos ao som de tambores de manifestantes kirchneristas.

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