O congelamento argentino A partir desta segunda-feira (22), a Argentina aplica um plano de congelamento de preços pela 11ª vez em 46 anos (1973, 1976, 1982, 1983, 1985, 1987, 1989, 1990, 2003, 2011). Esse método foi aplicado na Argentina por presidentes civis e militares, de centro-esquerda e de direita. Em todos os casos, o fracasso foi seu epílogo. O congelamento que se iniciou neste 22 de abril aplica-se a 64 produtos da cesta básica, entre os quais macarrão, leite, óleo, ovos, e alguns cortes de carne bovina. O governo evita falar sobre ?congelamento?, já que isso implicaria admitir que o governo de tendência neoliberal de Mauricio Macri estaria cometendo um pecado para o capitalismo, o da intervenção do Estado no livre funcionamento dos mercados. Por esse motivo, o governo prefere a denominação de ?acordo voluntário de preços?.
O plano será aplicado por seis meses. Coincidentemente, ele expirará quando seja realizado o primeiro turno das eleições presidenciais. O governo também determinou que as tarifas de alguns serviços públicos ficarão congeladas até o Réveillon, mas serão congeladas apenas para consumidores residenciais. As empresas terão de enfrentar aumentos.
Incluída em: 22/04/2019 - 19:57
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