Trump repete a campanha O público da posse de Donald Trump - aproximadamente um terço do que o da chegada de Barack Obama ao poder, há oito anos - mostrava a divisão do país: protestos, alguns violentos, ofuscaram a festa do 45º presidente do país. E o magnata assumiu o governo mantendo o estilo que o levou à vitória nas eleições de novembro: um discurso nacionalista, populista, contra o sistema político cujo posto máximo passa a ocupar e cheio de agressividade, escreve o correspondente de O Globo Henrique Gomes Batista. As incertezas e os temores que sempre cercaram sua campanha agora estão na Casa Branca. "Esta carnificina americana para aqui e agora", afirmou o novo presidente americano, referindo-se à onda de criminalidade, num discurso em que ressaltou mais problemas do que pontos positivos. Uma prova da guinada política do país ficou clara nas primeiras horas de seu governo: entre suas primeiras ações, divulgadas, anunciou que vai desfazer projetos ambientais de Barack Obama e minar o poder do Obamacare, por exemplo. Criticado por não ter, até agora, adotado uma postura mais presidencial e por polarizar ainda mais o país no período de transição, Trump voltou à carga no discurso que o colocou no cargo - considerado o mais poderoso do mundo. Focando nos desiludidos do interior do país que concretizaram sua vitória, o novo presidente manteve a temática da campanha, quando se apresentava como grande messias que iria mudar o país: "Não estamos meramente transferindo o poder de uma gestão a outra ou de um partido a outro. Estamos transferindo o poder de Washington e dando de volta a vocês, o povo."
Incluída em: 22/01/2017 - 08:43
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