Após quatro meses de expansão, a economia brasileira começou 2018 em queda. O índice do Banco Central que mede a atividade do país (IBC-BR) caiu 0,56% em janeiro. Indústria e setor de serviços foram mal, mesmo assim o resultado geral veio melhor que a previsão dos analistas do mercado financeiro de uma retração de 0,8% no primeiro mês do ano. Nem mesmo esse freio no início do ano tirou a expectativa de que o país crescerá perto de 3% em 2018. O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, espera um crescimento de 2,8% neste ano porque espera resultados melhores no fim do primeiro trimestre e, principalmente, daí para frente. Diz acreditar que a agricultura garantirá o crescimento nos três primeiros meses e tem expectativas melhores ainda por causa de uma quebra de safra na Argentina, que abre espaço para as exportações brasileiras. Agostini argumenta que janeiro é normalmente um mês fraco. No início de 2018, a indústria, teve forte queda: 2,4%. Um resultado que interrompeu uma série de quatro altas mensais, mas que não muda a perspectiva de crescimento para o ano, na visão dos economistas. O volume do setor de serviços do Brasil também encolheu mais do que o esperado, fechou o mês com o pior resultado para janeiro em seis anos após um fim de 2017 forte. O faturamento do setor de serviços caiu de 1,9%, de acordo com o IBGE, ao contrário da expectativa de estabilidade que tinham os analistas do mercado financeiro. O resultado, entretanto, não tira a tendência de recuperação. Na contramão, as vendas no varejo abriram 2018 em alta e inverteram a tendência de queda no fim do ano passado. Em janeiro, houve alta de 0,9% em janeiro. O crescimento foi difundido pela maior parte dos segmentos.

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